Como vimos em meu último artigo, o planejamento estratégico tem como objetivo direcionar uma empresa para o próximo período, definindo melhores caminhos, ferramentas e quais indicadores serão utilizados para medir se está ou não no caminho desejado.
Toda empresa, independente do porte ou da fase em que está – lançamento, maturidade ou se reinventado -, deve obrigatoriamente fazer um bom planejamento. Como e quem deve fazer é discutível, mas não fazer está fora de cogitação. Este é mais um dos mitos que rondam o empreendedorismo.
Por falta de recursos, um empreendedor pode até pensar em fazer seu planejamento sozinho, o que não é indicado, mas é melhor que não fazer. Opções como convidar um grupo de amigos empresários para darem suas contribuições ou ainda submeter seu planejamento para avaliação de alguém de sua confiança são práticas que podem contribuir.
Vale lembrar, que é bom fugir de opiniões que não agreguem, que não sejam pautadas em algum argumento técnico, ou ainda, meras opiniões pessoais. Por isso, escolha bem quais amigos contar nessa hora, deixe bem claro que não espera que ninguém lhe passe a mão na cabeça ou tente somente agradar. Peça opiniões genuínas, independente de gostar ou não do que vai ouvir, afinal, é melhor ajustar um planejamento do que corrigir uma operação andando ou colocar seu projeto em risco.
O mais indicado é a contratação de profissionais, sejam eles generalistas ou com especialização em algum tema de relevância para a gestão de sua empresa. Quanto ao custo, isso não serve como desculpa, pois hoje existem ótimas opções de orientação, como as do Sistema S, e as diversas empresas juniores mantidas pelas universidades com custo-benefício significativo.
Além disso, há consultorias de todos os tamanhos e preços, mas é sempre bom pesquisar com cautela e buscar provas de trabalhos anteriores realizados para não entrar em fria.
Este ano foi cheio de momentos propícios para a perda do foco e ótimas desculpas para justificarem erros e inatividades, mas se apegar a isso como verdade absoluta seria autossabotagem. Não podemos nos permitir incorrer nesse erro, afinal, nos sabotar significa sabotar os nossos sonhos, os nossos objetivos.
Por fim e, como de costume, deixo minha dica. Mesmo que sua vida ou sua empresa estejam indo de vento em polpa, adote a prática do planejamento, com objetivo em projeções de cenários futuros, rastreamento de oportunidades e melhoria de performance. Afinal, nada está tão bom que não possa melhorar.
Jean Dunkl
@jeandunkl
CEO da CPD Consultoria, consultor especialista em Gestão Estratégica de Negócios e gestor da Impera (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Franca)