Ainda faltam menos de três meses para 2020 acabar, afinal, o jogo só acaba no último minuto do ano. E que ano, hein! Muitas metas e objetivos frustrados, desafios inimagináveis e a necessidade urgente de recuperar resultados, que não vieram como o esperado.
Por outro lado, já é hora de pensar no próximo ciclo: 2021 está aí, logo adiante. Geralmente, nas empresas, costumamos pensar, ao menos, para dois ou três anos à frente, claro que dividindo a execução do plano de ações em menores períodos, para facilitar o cumprimento das metas.
Vale ressaltar que o planejamento estratégico, embora muitos acham que é importante apenas no meio corporativo, também é fundamental na nossa vida pessoal. Como fazer então?
Antes de qualquer coisa, cabe uma boa avaliação de como foram nossos resultados neste período, mesmo com todas as adversidades: como chegamos, passamos e como estamos saindo de um ano tão duro e de tantas incertezas.
O que você aprendeu, quais competências desenvolveu e, com esse desenvolvimento, o que sentiu de melhorias em suas rotinas diárias. Faça uma autoavaliação e pense também em quais momentos reagiu de alguma forma que não tenha gostado, onde sua performance não foi tão boa quanto gostaria ou ainda quando não tomou uma atitude que deveria ter tomado.
Feito isso, se você tem uma empresa ou lidera uma equipe, faça a mesma avaliação de cada integrante deste time, por meio de pesquisas e dinâmicas. A mesma metodologia pode ser feita também em família.
O processo do planejamento estratégico tem como objetivo entender onde estamos e aonde queremos chegar, permitindo que sejam pensados os melhores trajetos para que isso aconteça. Sempre é bom ter algumas opções de caminhos, os mais curtos com mais riscos, os mais moderados e os mais longos com menos riscos.
Importante também que sejam contemplados todos os departamentos da empresa. No Financeiro, por exemplo, a projeção de gastos (orçamento) deve ser feita de acordo com as expectativas de desenvolvimento.
Trocando em miúdos, se você decidir renovar a frota precisa constar no orçamento o valor previsto de entrada com a venda dos veículos antigos e quanto será desembolsado para a aquisição dos novos. O mesmo se aplica para obras de ampliação e compra de equipamentos, ou ainda, a troca do carro pessoal e a viagem de férias em família.
Para as equipes comerciais, as metas devem estar bem definidas, claras e dentro da realidade, lembrando que essa projeção tem como objetivo gerar receita para a realização dos objetivos planejados.
Muitas empresas definem uma meta macro e dividem em doze períodos. Eu gosto muito desta estratégia, de proporcionalizar, entendendo qual a representatividade de cada mês em relação ao período completo, avaliando as devidas sazonalidades, como datas comemorativas, quantidade de feriados e estação do ano, em relação aos produtos ou serviços oferecidos.
No decorrer do período estabelecido, necessariamente devemos monitorar os indicadores e fazer parciais. Sempre que algo não sair como deveria, é importante repensar o caminho daquela ação específica e readequar os próximos passos, para que tudo saia conforme planejado.
Jean Dunkl
@jeandunkl
CEO da CPD Consultoria, consultor especialista em Gestão Estratégica de Negócios e gestor da Impera (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Franca)