Em tempos de pandemia eu acreditava que o meu ritmo de trabalho diminuiria e que poderia, enfim concluir tarefas e metas importantes que eu tinha estabelecido como prioridades; contudo, não é isso que está acontecendo! Estou trabalhando muito mais, os compromissos aumentaram, projetos antigos encerram e novos surgiram. Fato é que o tempo está voando e eu me questiono se a minha produtividade aumentou ou diminuiu. Comecei a ler o livro Essencialismo: a disciplinada busca por menos, do autor Greg McKeown. Logo no primeiro capítulo: “A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial”, tem uma afirmação que vem ecoando na minha mente e no meu coração, que se refere a proposta de valor básica do livro: “só quando nos permitimos parar de tentar fazer tudo e deixar de dizer sim a todos é que conseguimos oferecer nossa contribuição máxima àquilo que realmente importa”. Confesso que comecei a rever as minhas atividades que estão num ritmo frenético, que, embora eu goste muito, sinto que precisa de revisão, pois para Dieter Rams “Weniger aber besser” – “é menos porém melhor”. Não se trata de fazer mais coisas, mas de fazer as coisas certas, dedicar tempo e energia para fazer o essencial. Para o autor Greg McKeown: “o essencialismo é uma abordagem disciplinada e sistemática para determinar onde está o ponto máximo de contribuição de modo a tornar sua execução algo que quase não demanda esforço”. Esta lição eu estou buscando aplicar na minha vida: “Se não estabelecermos prioridades, alguém fará isso por nós”. Disso decorre a “fadiga decisória: quanto mais escolhas somos forçados a fazer, mais a qualidade das decisões se deteriora.” Ao olhar para as escolhas que tenho feito posso afirmar que muitas delas não são essenciais e que tenho dedicado tempo para atividades que poderiam ser delegadas ou não aceitas. Tendo dito muito sim, quando deveria dizer não. Fato é que a vida é única, fantástica e preciosa e se eu faço escolhas não essenciais acabo por perder o privilégio de ter uma vida bem vivida. Adotar estas premissas me ajuda a escolher o essencial: “Escolho fazer”, “Só poucas coisas realmente importam” e “Posso fazer de tudo, mas não tudo”. Para finalizar essa reflexão, convido você leitor a reler este arrigo, a ler o livro Essencialismo, a fazer uma sincera análise das suas escolhas e a refletir com John Maxwell, “Não é possível superestimar a desimportância de quase tudo”. O que é de fato essencial? Está disposto a fazer menos para ganhar mais?