A importância da Política, com P maiúsculo na vida das pessoas é incontestável. Cada País guarda suas formas de tratar este tema. Em alguns países a alma e a segurança de suas populações estão totalmente resguardadas pelas leis e pelas tradições.
Não é difícil encontrar povos em que o domínio sobre a massa humana fez surgir situações absolutamente interessantes, temos até País de um único partido, caso da China , com uma economia de aparência democrática. Nesse caso o predomínio Político vai muito além das ações de sustentação da paz interna.
No Brasil, em breve passeio por nosso passado, podemos constatar que tínhamos um “pluri-partidarismo” com a predominância expressiva de algumas legendas, como foi o caso da eleição de Juscelino Kubistichek de Oliveira, em que uma aliança do PSD-PTB-PR-PST-PRT impôs uma derrota à UDN-PTC-PL-PSB com Juarez Távora Candidato a Presidente e ao PSP que lançou Adhemar de Barros para Presidente e também ao PRP que lançou Plínio Salgado.
Esses dados de nossa História Política são importantes pois ajudam no entender essa nossa “quase mania” de excessos de siglas partidárias.
É relevante fazer o registro que de 1930 a 1945 Getúlio Dorneles Vargas governou o Brasil sob as denominações de Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo. A ditadura Vargas iniciada em 1937 teve seu fim em 1945 quando os militares e a UDN forçaram-no a renunciar sendo eleito Eurico Gaspar Dutra Presidente do Brasil e em seguida tivemos a Constituição de 1946.
Tudo isto apenas para relembrar que em nossa História os partidos foram instrumentos importantes para a chamada hoje “governabilidade”.
O Brasil depois da ditadura Vargas, fez renascer suas legendas partidárias. Elas foram extintas na década de 60 no Governo dos Generais Presidentes.
Em cada época os partidos tinham figuras exponenciais e que traduziam a forma de agir e pensar do estatuto partidário. A expressão esquerda e direita ganhou corpo na nossa linguagem política mais recentemente.
O que hoje chamamos de quadro partidário brasileiro longe está de ser a manifestação da nossa vontade política. Se, nos EUA temos dois grandes partidos catalizadores dos anseios dos norte americanos, o Republicano e o Democrata, no Brasil as manchas da corrupção destruíram a credibilidade de nossas mais fortes (?) legendas.
Hoje vemos governantes que desonram seu partido, irritam a população e parecem viver em um País muito diferente deste que, hoje padece dos efeitos de uma pandemia que não se pode afirmar quando nos deixará em paz.
Aproximam-se as eleições municipais e os efeitos maléficos de alguns governadores caem sobre as candidaturas ainda não oficializadas. A negritude da conduta de alguns figurões partidários dos últimos 35 anos reflete de forma pesada em muitas das campanhas ainda não iniciadas.
Vejamos o caso do PT…sua origem elogiada por todos como o surgir de uma nova ordem e forma de agir político, ficou só no sonho dos brasileiros, o que assistimos foi o maior desastre em nossa economia e o recorde em corrupção no Brasil e no mundo. Pagam seus membros essa conta e desfrutam de uma rejeição que a todo custo tentam eliminar….
Outro partido que, face seu passado, está pondo os atuais pretensos candidatos a vereadores e Prefeitos em uma sinuca de bico é o PSDB. Este partido em Franca, graças a um trabalho sustentado pelo dinamismo do ex-prefeito Sidnei Rocha e pelo carisma do ex-prefeito Ary Pedro Balieiro e seus próximos, fez História em nossa cidade.
No atual momento seus principais personagens, em nível Estadual e também no Federal, deixaram e estão deixando marcas negativas, a exigir desmedidos esforços para fazer com que o eleitor entenda e aceite que, aqui na esfera municipal o seu passado aponta para uma posição diferente.
O MDB também traz para o cenário de nossa próxima eleição um distanciamento enorme entre, o que foi esse partido quando oposição, e o que passou a ser aceitando o ex-Arenista José Sarney como seu filiado e sucessor de Tancredo Neves. De lá para cada o partido passou a ser o garantidor dos governos de FHC-LULA-Dilma e Michel Temer. O curioso é que o velho sangue emedebista deixou de correr nas veias de seus candidatos. Agora, e aqui em Franca também, qualquer um pode se filiar no partido de Ulisses Guimarães e Severo Gomes, venham da legenda que vierem. Não precisam somar idéias nem ideais…tão carente de boas lideranças que o partido está…
Vê-se pois que pagarão caro , nestas eleições municipais, bons candidatos, apenas pelo histórico de alguns de seus membros eleitos em 2018.
Ouso dizer que o eleitor francano nas próximas eleições municipais deverá, para bem votar, circunscrever suas análises aos personagens de nossa cidade. Deixar de lado as figuras que não somam e não ajudarão Franca. Escolher aqui em cima do passado dos nomes que surgirem e descolarem seus votos de quaisquer influências partidárias negativas vindas de onde vierem.
Deixo de considerar a posição de outros partidos uma vez que suas situações, se não iguais aos três retro citados, podem ter aqui mesmo as figuras que não indicam boas companhias. Entretanto a escolha para o momento deve ficar restrita à análise mais isenta cada candidato merecer…
Um dado é importante para o momento, os atuais governantes já terão, em janeiro de 2021, ultrapassado a metade de seus mandatos e, como em uma mata só se entra até seu meio pois a partir daí, aceitando ou não, já se está saindo…eles também…
Bom domingo
Sebastião Ananias
Agricultor e ex-secretário
de Finanças da Prefeitura de Franca