Somos cobrados e avaliados pelos resultados que geramos no trabalho. Ouvimos, com frequência que, tem preferência quem consegue realizar muitas tarefas ao mesmo tempo e estamos nos esforçando para acreditar nessa verdade e, por isso, estamos trabalhando à exaustão para manter o emprego e dar conta de todas as infindáveis atividades que se avolumam a cada instante. Nesse momento de pandemia temos a certeza de que estamos trabalhando muito mais. As exigências aumentaram e é preciso estar focado no trabalho, mas como se tantas coisas acontecem ao mesmo tempo? O tempo é único e as atividades são muitas. Diante desse cenário de exigências e em tempo cada vez menor, há necessidade de saber trabalhar focado e de não se dispersar com tantos e-mails, mensagens de whatsapp, de facebook, de instagram, de tweeter, de linkedin, etc. Há necessidade de fazer mais (quantidade), melhor (qualidade) e com menos tempo (agilidade). A resposta para tudo isso pode ser simplória, mas não é. Podemos pensar em simplesmente abandonar as mídias sociais, contudo, o trabalho também está nessas plataformas e aplicativos, logo, esse parecer não ser o melhor caminho. Sendo assim, exigem-se de nós que saibamos usar com inteligência (racional e emocional) todas essas ferramentas de comunicação. Para nossa alegria existem algumas técnicas. O livro Deep Work (trabalho focado), do autor Cal Newport, apresenta algumas. Uma delas é identificar o tipo de perfil. Um deles é ser como um monge e ignorar tudo que gera distração para se concentrar apenas no que se está sendo feito. Essa parece não ser a mais adequada para os nossos tempos. Outra é ser bimodal, dividir o tempo, ter alguns dias focados no trabalho e, nesses dias não olhar qualquer mídia social ou qualquer coisa que possa gerar distração. Divide-se dias com foco total no trabalho e outros dias com distração. No rítmico cria-se a própria regra. No mesmo horário e dias da semana trabalha-se focado e nos outros horários leva-se de forma mais relaxada. Cria-se um bloco de tempo de trabalho focado. No jornalístico há alternância entre o trabalho focado e o mais relaxado. Pessoas com esse perfil conseguem trabalhar focado, mudar de atividade e voltar para a anterior sem prejuízo. Muda-se com facilidade de uma para outra. Os perfis rítmico e jornalístico não acontecem naturalmente. Exige-se muito para conseguir dar resultado profundo nesses perfis. O rítmico parece ser mais adequado para o nosso tempo, embora, um mix desses quatro perfis também é recomendado. O autor do livro apresenta uma fórmula: Tempo gasto multiplicado pela intensidade do foco. É necessário tem intensidade no foco no momento da realização da atividade. Trabalhar menos horas com mais intensidade, com mais foco no trabalho, produz mais e melhores resultados. Para tanto, é preciso identificar o tipo de perfil, criar um ritual e potencializar os resultados. As grandes ideias vêm do encontro com outras mentes (pessoas), logo, o foco total mesclado com o relacionamento com outras pessoas que agreguem valores é uma forma de potencializar os resultados. O trabalho focado é o trabalho concentrado em uma atividade sem distração. É uma ciência de alta performance. Você está focado em que?
Acir de Matos Gomes
Advogado e vice-presidente da subseção da OAB-Franca
1 Comment
Olá aqui é a Madalena Dos Santos, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.