Por Pedro Maia
Editor-chefe
Oito pessoas foram condenadas pela Justiça de Patrocínio Paulista a penas que, somadas, ultrapassam 100 anos de prisão por crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Os réus pegaram entre 13 e 17 anos de reclusão, a serem cumpridas em regime fechado. Como a Justiça determinou a manutenção das prisões preventivas, eles não poderão recorrer em liberdade. A sentença, expedida na quarta-feira, 2 de julho, é resultado de investigação conduzida pelo MPSP, por intermédio do promotor de Justiça Túlio Vinícius Rosa, contando com o suporte da Polícia Militar.
Os embargos de declaração e a publicação no DJE (Diário de Justiça Eletrônicos) foram acolhidos e realizados na data desta sexta-feira, 4, onde os nomes dos réus foram expostos pelo processo 1500263-04.2024.8.26.0426, que corre como tramitação prioritária. Alguns dos apelidos destacados entre eles são: Mandrake, Perigoso, Stuart, Jogador e Jacaré. Outros três aparecem na sentença apenas com o nome.
Segundo a denúncia, os réus atuavam de forma coordenada em uma rede estruturada e hierarquizada, com funções definidas para distribuição de entorpecentes, controle territorial e vigilância contra atuação policial. Eles tinham vínculos com facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital e adotavam práticas de punição conhecida como tribunal do crime.
Operação policial deflagrada em junho de 2024 resultou na apreensão de maconha, crack, cocaína e haxixe, além de dinheiro em espécie, munições, celulares, anotações com contabilidade do tráfico e material utilizado para embalar drogas. Em alguns endereços, os policiais flagraram os entorpecentes prontos para a comercialização.
A decisão judicial destacou a periculosidade do grupo e a gravidade das condutas praticadas.