Recebeu alta da U.T.I. da Santa Casa de Franca nesta sexta-feira (26), o operário João Paulo Cintra, de 25 anos, ele é uma das vítimas do desabamento da laje da construção do SESC na semana passada. De acordo com o hospital, Cintra tem o estado de saúde considerado estável e já seria transferido para a enfermagem, mas não existe data para que ele receba alta definitiva.
Na sexta-feira (19), João Paulo e mais 21 funcionários da obra, ficaram presos embaixo de toneladas de concreto e ferro após uma laje despencar. No boletim da Santa Casa constava que a vítima deu entrada no hospital às 12h05. Naquele mesmo dia horas depois, um novo boletim informava que o jovem estava entubado, sedado e em estado grave. O quadro se estendeu por praticamente toda a semana, até que na manhã desta sexta-feira a notícia foi diferente, o operário já estava habilitado para seguir para a enfermaria.
Ele é o último paciente que ainda está internado após o acidente. Ainda no dia do desabamento outros 20 trabalhadores precisaram de socorro, seis ficaram internados por alguns dias na Santa Casa, mas o caso mais complexo era o de João Paulo, sendo que os outros já receberam alta.
A tragédia do SESC resultou na morte de João Balduíno de Jesus, de 51 anos. O trabalhador de acordo com os bombeiros, foi atingido por uma viga e não resistiu. O corpo dele foi o último a ser retirado dos escombros, após foi levado para o IML de Franca e liberado para a família. O trabalhador foi enterrado na cidade de Serrinha, a mais de 1.500 quilômetros de Franca.
A prefeitura informou que a obra foi embargada para que o local seja preservado durante os trabalhados de investigação. Nesta semana o Jornal Verdade mostrou que o laudo com as causas do desabamento deve demorar até dois meses por conta da complexidade do caso que envolve vários feridos e uma morte. Além disso os escombros devem ser retirados com muito cuidado já que existe o risco de novos desabamentos. A perícia técnica informou que acompanha de perto a retirada, já que pode ser encontrado algum elemento novo. Os documentos da obra já foram solicitados para a empresa responsável, eles servirão de apoio para as investigações.
O Ministério Público de Franca também pediu uma investigação sobre o caso, principalmente em relação à segurança dos moradores das proximidades.