“Não sei o que dizes”…”Eu nem conheço tal homem”…”Pedro então começou a fazer imprecauções, jurando que nem sequer conhecia tal homem. “ ..”Neste momento o galo cantou…(Mt. 26 70-74)”
Deixando de lado neste domingo as agrúrias de nossa realidade política e de gestão pública diante da pandemia, façamos uma análise da manifestação de 152 bispos católicos, repudiando valores tradicionais das leis Cristãs e da harmonia entre nossa gente.
Na carta vários textos fortes contra o atual governo federal, legitimamente eleito pelo povo brasileiro e democraticamente empossado. Em um destes parágrafos podemos ler :
“O sistema do atual governo não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma “economia que mata” (Alegria do Evangelho,53), centrada no mercado e no lucro a qualquer preço. Convivemos assim, com a incapacidade e a incompetência do Governo Federal, para coordenar suas ações, agravadas pelo fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e municípios, contra poderes da República; por se aproximar do totalitarismo e utilizar de expedientes condenáveis, como o apoio e o estímulo a atos contra a democracia, a flexibilização das leis de trânsito e do uso de armas de fogo pela população, e das leis do trânsito e o recurso à prática de suspeitas ações de comunicação como notícias falsas, que mobilizam uma massa de seguidores radicais.”
De fato as ações do atual governo tem contrariado grandes grupos interessados em lesar o patrimônio público através de esquema de corrupção que, os senhores “bispos” se quer tocam no assunto. Em nome da Igreja Católica, sem ouvir seus fiéis é extrapolar a função de bispo. Dizer que está errado flexibilizar as formas de educar nossos motoristas. Deixar de reconhecer que o sistema de vinte pontos afronta os trabalhadores do volante profissional, expondo-os a riscos eminentes de perda da profissão.
Pior ainda é o silêncio sobre os riscos de, subliminarmente, apoiar governos frontalmente contrários ao Estado Democrático de Direito. Sabemos que a CNBB longe está, em seu posicionamento, de representar o pensamento do catolicismo no Brasil.
Nenhuma voz dessa entidade se ergue a respeito do “foro de São Paulo” desde sua criação por Lula e Fidel Castro. Nenhum manifesto, nenhuma carta sobre a construção na América do Sul da UNASUL, com métodos e filosofia comunistas.
A propósito disse Lula em um de seus discursos:
…”os companheiros cubanos, sempre ensinaram o “exercício da tolerância” e da “convivência pacífica” entre os vários setores DA ESQUERDA, é claro. Porque, na Cuba de Fidel e Raul Castro, a “tolerância” e o “pacifismo” com os opositores políticos sempre foram exercidos com prisões e fuzilamentos mesmo”…sobre estas absurdas demonstrações de apreços para com regimes comunistas a CNBB não se manifesta, talvez até apoie, mesmo sabendo que nos países que adotam tal regime de governo os padres são perseguidos.
Esses 152 que assinaram tal manifesto não reconhecem os valores que, no e para, o cristianismo são irrenunciáveis, tais como a família.
Parece que ainda não ouviram o galo cantar como ocorreu com Pedro ao negar Cristo. Aqui os manifestantes deixam de lado sua missão de cuidar do rebanho de Jesus e partem para um desrespeito aos valores de nossa democracia. Sabemos que a esquerda brasileira teve um grande impulso, para não dizer sua origem, nas CEBS, as comunidades eclesiais de base. Naquela oportunidade a luta era contra um Governo de Generais. Hoje a luta deles é contra nosso sistema de alternância no poder. Só é de agrado dessa gente o poder nas mãos da esquerda que, temos que nos lembrar sempre, usou o poder para corromper e roubar.
Falam os “bispos” que o atual governo não pensa no povo e omitem os pesados investimento com recursos brasileiros em Cuba, Venezuela, Nicaragua e em países da Africa….sem explicitar onde está o interesse e a defesa do trabalhador brasileiro nestas obras?
É difícil e indigesto tratar disto no nosso domingo mas, como deixar de considerar sério esse posicionamento?
A mensagem dos 152 não aponta para um bem estar entre os católicos e serve, sem dúvidas, para animar outros credos que não têm em suas congregações posicionamentos assemelhados…
Devemos, isto sim, ouvir a exemplo de Pedro, o cantar do galo em nossas negativas em aceitar que Deus quer a nossa união na busca do bem estar de toda a humanidade. Assim pregar a divisão por razões de insatisfação política é negar a mensagem evangélica sob todas as suas formas…
A união no seio da Igreja Católica ainda é o maior exemplo de “pastoreio de almas” que bispos, padres e leigos podem oferecer à nossa sociedade..
Bom domingo….
Sebastião Ananias Agricultor e ex-secretário
de Finanças da Prefeitura de Franca