Reportagem Fernando de Paula
Na manhã de ontem (18), a Diocese de Franca anunciou mudanças na programação de missas e da Semana Santa, tudo isso em função do novo coronavírus. As medidas são válidas para as paróquias de Franca e de toda a região.
De acordo com o bispo diocesano, Dom Paulo Roberto Beloto, as missas durante a semana estão canceladas, as tradicionais procissões da Semana Santa também, além dos encontros, retiros e outras atividades desenvolvidas pela igreja.
“É uma decisão muito difícil, já que estamos falando em cancelar 90% das atividades que realizamos aqui. É uma decisão que segue os quesitos de especialistas em saúde, levando em conta que temos um grande número de fiéis mais idosos, eles não podem correr esse risco”, afirmou o bispo.
Ainda de acordo com o líder da igreja, a diocese estuda aumentar o número de missas que são celebradas durante os domingos, para evitar grandes aglomerações. Além disso, os padres têm a determinação de encurtarem as reflexões que são feitas após o evangelho. “Não podemos perder a esperança, é um momento de recolhimento que podemos usar para aproveitar mais a família em casa, praticar a oração e nunca perder a fé”, ressaltou Dom Paulo.
Existe a expectativa de que o chamado “Tríduo Pascal”, que tem início na quinta-feira santa e termina no domingo da Páscoa, seja celebrado, mas Dom Paulo destacou que as celebrações serão feitas com ressalvas. Na Sexta-Feira Santa, por exemplo, na celebração das 15h00, onde é realizada a adoração da cruz, o tradicional beijo dos fiéis e o toque na cruz serão omitidos e feito de uma forma geral.
A comunhão também será entregue somente nas mãos, os ministros e os padres não poderão entregar diretamente na boca. O abraço de paz já tinha sido abolido, agora a procissão de entrada também não será mais realizada.
“Jesus ficou quarenta dias no deserto em jejum e oração, quem sabe isso não é Deus pedindo pra gente um silêncio maior, uma vida de mais oração? É um sinal de Deus para mostrar que a vida humana tem a sua dignidade, o seu valor, nós somos criados por Deus, mas nós temos as nossas fragilidades, nós corremos esses riscos” concluiu.