Por Pedro Maia
Editor-chefe
Desde dezembro, uma criança de 11 anos portadora de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) aguarda na fila da Farmácia de Alto Custo, da DRS-VIII (Departamento Regional de Saúde) para conseguir o remédio Concerta (18mg), utilizado no tratamento da doença. Thais Ferreira, mãe do garoto, afirma que as mães, como ela, estão sendo tratadas como “palhaças”, já que ninguém consegue uma resposta efetiva como quando o medicamento vai chegar ou qualquer outra solução.
“Meu filho está desde dezembro para pegar esse remédio e nunca tem. Já foi aprovado: tem que correr atrás de psicólogo, neurologista, papel daqui, papel dali, e na hora que passa e aceita, chega lá [na Farmácia de Alto Custo] e nunca tem”, declara Ferreira. “Estou indignada e revoltada, porque a gente vai lá, a gente liga, e a gente é tratada como palhaça. Porque ninguém dá informação de nada, ninguém diz quando o remédio vai chegar… e meu filho vai ficar sem remédio até quando?”, complementa.
Thais mora em Cristais Paulista. Segundo ela, seu filho já fez uso do medicamento, mas no momento de renovar o pedido – que deve ser feito de 6 em 6 meses – faltava a comprovação de um neurologista, do qual a cidade não tinha no momento. Sem conseguir um encaminhamento para Franca, foram quase seis meses em que o menino não dispôs da medicação, até que conseguisse a avaliação de um profissional da área ao fim do ano passado.
Posicionamento
Tentamos contato com a DRS-VIII, bem como à Secretaria Estadual de Saúde, onde solicitamos um esclarecimento a respeito do reportado e se haveria um prazo para que o problema pudesse ser selecionado. No entanto, até o fechamento da reportagem, não fomos respondidos. Atualizaremos a matéria no site caso nos seja devolvida a solicitação.