Por Maysa Kaluf
O mês de fevereiro é marcado por campanhas importantes de conscientização sobre doenças crônicas. No âmbito humano, o Fevereiro Roxo alerta para o lúpus, Alzheimer e fibromialgia. No entanto, poucos sabem que essa campanha também pode ser estendida aos animais, que sofrem com enfermidades crônicas e degenerativas que demandam atenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Entre as doenças crônicas mais comuns em cães e gatos, destacam-se a insuficiência renal crônica, a osteoartrite, a diabetes mellitus e as doenças neurológicas degenerativas. Essas condições não têm cura, mas podem ser controladas, garantindo qualidade de vida ao animal.
A Importância do Diagnóstico Precoce
Muitas dessas enfermidades são silenciosas e, quando os primeiros sintomas aparecem, o quadro já pode estar avançado. Por isso, exames periódicos são fundamentais. A insuficiência renal crônica, por exemplo, é comum em gatos idosos e pode ser diagnosticada por exames de sangue e urina, possibilitando um manejo mais eficaz da doença. Já a osteoartrite, que afeta cães e gatos, pode ser identificada a partir de sinais como dificuldade para se levantar, relutância em subir escadas e redução da atividade física.
Tratamento e Cuidados
Embora essas doenças não tenham cura, avanços na medicina veterinária permitem que os animais vivam bem por muitos anos com os cuidados adequados. O tratamento pode envolver alimentação específica, suplementação, controle da dor, fisioterapia e terapias alternativas, como acupuntura e ozonioterapia.
Além disso, os tutores têm um papel essencial na adaptação do ambiente para melhorar a qualidade de vida dos pets, como o uso de tapetes antiderrapantes para animais com osteoartrite e bebedouros de fácil acesso para aqueles com insuficiência renal.
O Papel da Conscientização
No Brasil, a medicina veterinária preventiva ainda enfrenta desafios, e campanhas como o Fevereiro Roxo para animais são essenciais para mudar essa realidade. O acesso à informação pode evitar diagnósticos tardios e garantir que os tutores procurem assistência veterinária antes que a condição do pet se agrave.
Além disso, é fundamental que médicos veterinários, órgãos públicos e instituições de ensino promovam debates sobre a importância das doenças crônicas nos animais, incentivando políticas públicas que viabilizem o acesso a tratamentos para tutores de baixa renda.
O Fevereiro Roxo não é apenas um lembrete para cuidar da saúde humana, mas também um chamado para olharmos com mais atenção para nossos animais de estimação. Eles dependem de nós para terem uma vida longa e saudável, e a informação é a nossa maior aliada nessa missão.