A munícipe Stella Santana fez uso da Tribuna na terça-feira, 4, durante a 5ª Sessão Ordinária para falar sobre a Reforma Administrativa da Prefeitura em relação ao setor cultural.
A atriz e produtora cultural destacou a importância de investimentos e apoio ao setor: “muitas vezes a nossa classe não é vista, é deixada de lado, o que seria de nós sem a arte? Passamos dois anos na pandemia trancados dentro das casas e o que seria de nós se não tivéssemos lives, filmes, séries?”
Ela ainda destacou as ações do Conselho Municipal em especial apresentações teatrais e circenses. Stella questionou sobre a proposta da Prefeitura com a criação da nova Secretaria de Esporte e Cultura. “A nossa intenção era ser ouvido antes dessa nova secretaria ser aprovada. Preferiram aprovar esse projeto sem nenhuma escuta. A gente sabe da importância de todas as falas sobre o Centro de Educação Integrada (CEI), mas infelizmente, nós da classe artística não pudemos falar” criticou.
Fiscalização
Em seguida, ela pediu mais fiscalização dos vereadores quanto aos recursos destinados à área de cultura e citou ainda a falta de estrutura na cidade para o trabalho dos agentes culturais. “Existem incertezas da população, há um mistério muito grande sobre essa secretaria. Quem vai ser esse secretário? Quem vai participar disso? Por que o secretário de esporte ganha R$ 2 mil a mais de quem faz parte da cultura?”
Stella ainda citou a reunião aberta idealizada pela vereadora Marília Martins e lamentou a ausência de alguns parlamentares até mesmo os que integram a Comissão de Educação, Esporte e Cultura. “Quero convidar vocês para entender um pouco mais da cultura municipal, é preciso entender na nossa cidade. A cultura não pode ser um assunto de menor valor, é um assunto complexo e demanda muitas coisas em nossa cidade” reforçou.
Ela ainda citou sobre o último edital que contou com inscrição de 236 projetos e desses 40 foram contemplados. “Apenas 16% desses projetos foram aprovados, e para que tenha recursos, a gente precisa fazer captação junto a União, Estado para que isso aconteça” disse.
Stella enfatizou “a cada R$ 1 que investe em cultura é voltado ao município R$ 6,51. Então, é um ganho de investimento e se a gente somar os editas do última ano onde foram investidos R$ 4,3 milhões teve retorno para Franca de R$ 25,7 milhões, o retorno é muito grande e com geração de empregos”.
Ela finalizou convidando a população, interessados e vereadores para que participem das reuniões do Conselho Municipal de Cultura.
A vereadora Marília Martins (PSOL) que atua em defesa do segmento cultural parabenizou a munícipe pelas falas e destacou “hoje nós temos uma média de 6 a 8 grupos de Franca que inscreveram no PROAC e estão trazendo para Franca quase R$ 2 milhões por conta própria”.
A legisladora acrescentou: “há uma grande demanda da cultura para que se tenha uma Central de Projetos, pois imagina só esses grupos trazem esse valor, imagina se a cidade aprender inscrever projetos. A gente pede isso há muito tempo junto a FEAC e agora demanda para nova secretaria”.
Marilia defendeu ainda mais investimentos para segmento cultural: “estamos aqui também para fazer valer esse direito constitucional. A categoria da classe artística é uma grande geradora empregos diretos e indiretos, gira a economia criativa, tem que ser transversalizada pelo turismo, e diversas outras demandas que entendendo a cultura como potência com certeza vai ajudar nossa cidade crescer”.
O vereador Marcelo Tidy (MDB) agradeceu e parabenizou a munícipe pelos apontamentos e reforçou a importância de mais investimentos em projetos culturais como, por exemplo, Feira do Livro, Carnaval e outros. “Estamos atentos aos movimentos culturais e tem nosso apoio”, concluiu.