Por Pedro Maia
Editor-chefe
Nesta segunda-feira, 6 de janeiro, Avraham Ben Oraiel, de 22 anos, registrou, na 2ª Delegacia de Polícia de Franca, o terceiro Boletim de Ocorrência em menos de 20 dias, relatando a perseguição sofrida no domingo, 5, onde acabou sendo agredido por um cliente da empresa onde trabalha e teve o braço deslocado. O motivo seria valores que a empresa deveria ressarcir ao indivíduo por ter fornecido um determinado produto no lugar do que foi adquirido por ele.
“Fui seguido enquanto estava sentido Franca – Restinga. Na Rodovia, uma moto abordou o carro que eu estava – Corsa – e dois homens vieram me abordar cobrando os valores ‘perdidos’ que a empresa não restituiu. Acabei discutindo com eles. Visto que estava em menor número, acabei sofrendo algumas agressões e revidei em legitima defesa, tendo uma lesão no braço direito, ocasionando o deslocamento do osso”, declara Ben Oraiel no B.O.
Avraham afirma que tentou contato com os responsáveis da empresa – que presta serviços relacionados a maquininhas de cartões de crédito. De acordo com ele, as pessoas que seriam responsáveis por lhe prestar algum suporte e resolver o problema do cliente se omitiram. “O mesmo já havia dito que iria atrás de mim e vem cumprindo, visto que foi me informado que ele é ‘irmão’ do comando. Temo pela minha vida e pretendo sair da cidade para evitar futuros problemas”, discorre.
Anteriormente…
No dia 19 de dezembro de 2024, Oraiel registrou o segundo Boletim de Ocorrência por ameaça com arma de fogo, isto depois de ter seu carro quebrado pelo indivíduo. À época, a operadora alegou que o consumidor deveria aguardar 30 dias para pagar uma taxa. Insatisfeito, ele teria ameaçado também outro colaborador.
“Imediatamente, solicitei apoio à empresa em que trabalho, porém, não recebi qualquer resposta ou posicionamento sobre como proceder. Hoje [em 3 de janeiro], a gerente regional da empresa compareceu ao polo de Franca, informando que todos seriam desligados sob a justificativa de encerramento das operações no local. Questionei sobre as medidas que a empresa tomaria para me resguardar das ameaças sofridas, além de relatar que meu carro foi danificado, conforme registrado em outro boletim de ocorrência. A resposta da gerente foi de que a empresa ‘não poderia fazer absolutamente nada’ para me proteger’. Tal situação me deixou vulnerável e sem respaldo diante das ameaças e dos danos já ocorridos”, descreve no boletim.
Vale ressaltar que os incidentes recentes não foram os únicos problemas de Avraham Ben Oraiel na firma. No ano passado, ele prestou B.O. por ter sido verbalmente agredido pela antiga gestora após não permitirem que ele solicitasse a demissão e apagasse seus dados do computador da empresa.
Esclarecimento
O Jornal Verdade entrou em contato com o proprietário da prestadora de serviços, mas não obteve resposta até o momento. Atualizaremos a matéria no site, caso nos seja atendida a solicitação.