Pedro Maia
Editor-chefe
A Região de Franca está – empatada com Bauru – na terceira posição entre as regiões que mais receberam investimentos em energia verde no Estado. Os dados foram divulgados pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
Desde 2019, os investimentos anunciados para geração de energias verdes (limpas e renováveis) no Estado de São Paulo somaram R$ 13,8 bilhões, de acordo com a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de SP (Piesp). Desse total, 78% referem-se à energia produzida por meio de biomassa (R$ 10,7 bi), sendo as demais inversões nas fontes solar (R$ 2,5 bi) e hídrica (R$ 565 mi).
Regiões
Entre 2019 e agosto de 2024, quase metade dos recursos anunciados para energias verdes, ambientalmente sustentáveis, destinaram-se à Região Administrativa de Araçatuba (R$ 3,8 bi) e à Região Metropolitana de São Paulo (R$ 2,6 bi). Também foram expressivos os valores direcionados às RAs de Franca e Bauru (R$ 1,7 bi para cada região), Ribeirão Preto (R$ 1,2 bi) e Campinas (R$ 849 mi). Os investimentos com abrangência inter-regional (sem especificação de valor para cada região) totalizaram R$ 810 milhões.
Energia Solar e Hídrica
Em energia solar, o destaque coube à EDP pelos investimentos em dois complexos fotovoltaicos: em Ilha Solteira, com potência instalada de 254,6 MW, e em Pereira Barreto, com 252 MW. Na sequência, aparecem: Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), usina flutuante na represa Billings, com 80 MW; Powertis, três usinas em Pedranópolis, com 90 MW; e Axis, seis unidades (inter-regionais), totalizando 17,5 MW. Em energia hídrica, a Engie investiu na modernização da hidrelétrica Jaguara, no Rio Grande, em Rifaina.
Energia de Biomassa
Na biomassa de cana, sobressai a Raízen, com investimentos em etanol 2G (Valparaíso, Barra Bonita, Morro Agudo, Andradina, Guariba), eletricidade (Paraguaçu Paulista) e biometano (Piracicaba). A seguir, aparecem Tereos, eletricidade (inter-regionais), Zilor, eletricidade (Macatuba, Lençóis Paulista), São Martinho, biometano (Américo Brasiliense, Pradópolis) e Cocal e Raízen, biometano (Paraguaçu Paulista).
Em resíduos sólidos urbanos, as inversões foram da Lara, eletricidade (Mauá), Orizon e Compass, eletricidade/biometano (Paulínia), Orizon e Sabesp, eletricidade (Barueri), ZEG, biometano (São Paulo). Por fim, nos florestais, IBS, eletricidade (Lençóis Paulista).