Nesta segunda-feira, 18 de março, os servidores da rede municipal, liderados pelos representantes do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Franca, realizaram uma paralisação defronte ao prédio da Prefeitura a fim de cobrarem por melhores condições salariais.
Com alguns usando adereços como perucas vermelhas e narizes de palhaços, com cartazes erguidos e batendo caixas e panelas, os manifestantes adentraram o Paço Municipal e subiram a rampa que dá para as instalações do prédio. Entre as frases proferidas, destacavam-se: “Se não negociar, a cidade vai parar” e “Prefeito, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”!
Os protestantes entraram pela Avenida Presidente Vargas e, com a aproximação de cada vez mais pessoas, a Guarda Civil tentou frear os acessos no portão, mas não foi possível e a população avançou.
Antecedentes
Na última quarta-feira, 13, houve uma reunião na Secretaria de Recursos Humanos, da Prefeitura, com os sindicalistas. A vice-presidente do Sindicato e representante da CUT-Franca (Central Única dos Trabalhadores), Marisol Silvério, afirmou que a Prefeitura repetiu a proposta feita anteriormente. Na quinta-feira, 14, em assembleia geral com os servidores, a sugestão foi apresentada, sendo recusada por unanimidade.
“Eles não melhoraram nada a proposta que já tinham feito, que seria o único reajuste da inflação, né? Seria 3,86%. Mas o sindicato está pedindo 4% de aumento real, fora a inflação, e mais 250 reais no Vale Alimentação, e a Prefeitura não quer dar”, destaca Marisol. “A Prefeitura teve um aumento para 4 milhões do gasto com publicidade, foi um aumento muito alto. Então a gente não entende por que o prefeito subiu o orçamento da publicidade e agora fala que não tem dinheiro para dar aumento para os servidores”, completa.
“O prazo é mais curto este ano por conta de ser eleitoral. Foi por conta disso que os servidores decidiram tomar uma atitude, né? Já que em todas as reuniões a prefeitura se mostra irredutível. Eles não abrem mão, eles não querem dar nada! Só o índice da inflação e não é possível, precisa ter um reajuste”, cobra.
Posicionamento
Solicitamos um posicionamento da Prefeitura quanto à paralisação: até agora, não fomos respondidos. A matéria será atualizada no site caso recebamos um retorno.