Frequentemente negligenciada, a hiperidrose é uma condição que provoca suor excessivo e afeta milhões de brasileiros. O problema, que não se limita ao clima quente, também pode ocorrer independentemente de circunstâncias ambientais ou quadros de estresse, com alguns casos sendo até mesmo hereditários. Diante desse cenário, a dermatologista Dra. Natássia Pizani destaca como a toxina botulínica pode auxiliar no tratamento da condição.
“Embora o Botox seja mais conhecido por ajudar na suavização de rugas e demais questões estéticas, nos últimos anos, a substância também demonstrou grande eficácia na redução significativa da transpiração excessiva. A hiperidrose precisa ser tratada, pois seu impacto estende-se além do desconforto físico, afetando consideravelmente a autoestima e a interação social dos indivíduos”, diz Dra. Natássia.
A dermatologista explica que as principais áreas de acometimento da hiperidrose costumam ser axilas, mãos, pés e couro cabelo, embora o problema também possa surgir em demais partes do corpo. “Dessa forma, o tratamento consiste na aplicação da substância nesses locais, a fim de bloquear temporariamente a sudorese, ou seja, injeções periódicas da toxina podem ser necessárias para manter o problema sob controle”.
Como saber se é hiperidrose
Dra. Natássia reforça a importância de um diagnóstico adequado, afinal, o Brasil é um país de clima tropical úmido, com o suor sendo uma condição frequente na vida de todas as pessoas. “Um quadro de hiperidrose é sempre mais exacerbado, com queixas de camisetas sempre molhadas, não importando a textura do tecido. Nas mãos, segurar canetas ou demais objetos também pode ser uma dificuldade, já que o líquido está mais presente entre os dedos, assim como nos pés”.
A especialista comenta ainda que além da toxina botulínica também existem outros tratamentos que podem auxiliar contra o problema, como o uso de medicamentos, aplicações de laser e até mesmo a realização de determinadas cirurgias. “Daí a importância em nunca negligenciar o suor excessivo, buscando ajuda dermatológica assim que forem constatados os sintomas”.
Quem é Dra. Natássia Pizani?
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Dra. Natássia Pizani possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense, instituição em que também realizou a sua residência médica.
Pizani já atuou no Hospital Universitário Antônio Pedro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no departamento de dermatologia/dermatoscopia do Instituto Nacional do Câncer (Inca RJ) e no setor de Dermatologia do Hospital Santa Maria – Universisade de Lisboa – Lisboa, Portugal.
Atualmente atende em clínica própria e prioriza a dermatologia clínica, com ênfase em doenças do couro cabeludo e doenças inflamatórias da pele, além da dermatologia estética, com tratamentos minimamente invasivos de rejuvenescimento que respeitam a individualidade.