Reportagem: Xiko Pimenta, da Redação
É intrigante que Alexandre Ferreira tenta resolver em dois dias questões mais complicadas e que exigem ponderação, análise fria, longe do afogadilho e critérios bem avaliados não só pelo gosto compulsivo de gastar dinheiro público e de satisfazer seus interesses, que não estavam na pauta de gestão e sequer merecem ter um tratamento apressado como ele gosta de dar aos assuntos tão importantes.
Envolvendo sentimentalmente inexperientes vereadores de primeiro mandato e os mais antigos conhecidos ‘cobras criadas’ nos macetes de aumentar gastos usando jogos de futebol da Copa do Mundo e agora, no recesso legislativo de Natal e Ano Novo dá jeito de livrar a A. A. Francana de dívidas municipais e, no mesmo timbre de “urgência” tomar medida para nova concorrência do transporte de passageiros na área urbana, ante a informação – e não intimação! – para que se refaça o contrato, em que a gratuidade no serviço se desfaça numa canetada!
O ressarcimento de valores para a A. A. Francana dado de forma atabalhoada para assumir parte do Estádio ‘Cel. Nhô Chico’ e criar ’camelódromo’, estacionamento de vans particulares de cidades da região, foi aprovado ‘a toque de caixa’ na Câmara dias atrás. Os conselheiros do clube não concordam, e podem levar à ‘judicialização’ do plano aprovado sem base técnica, em área de frente ao Cemitério Central, patrimônio esportivo intocável!
De olhos e mãos grandes no apetite insaciável por despesas, usando recursos públicos o prefeito aproveita um parecer sobre o contrato do transporte urbano e já convoca os vereadores para sacramentar seu plano, outra vez sem uma base técnica confiável e, ao menos uma consulta pública, o prefeito repete sua incompetência às pressas, um exemplo antigo pela conhecida contratação de médicos falsos, ou obras inacabadas e não sendo ’urgentes’ ou emergenciais. Agora com a Câmara em reforma, facilitará outra votação digital!
GRATUIDADE COM LIMITE/DIA
Não se trata de ser contra as gratuidades, mas no formato a Câmara estará autorizando um cheque em branco para o prefeito, cabendo questionar como e por quem serão mensuradas estas gratuidades? De onde sairão os recursos, pois não estão previstos no orçamento de 2024, que foi votado e está aprovado? E mais: Qual o impacto disso nos próximos orçamentos? Este projeto será votado ainda este ano em “caráter de urgência”, quando o bom senso recomenda ter calma, prazo de análises e definição, pois as gratuidades poderão/deverão ter limite de tickets por dia, ou serão ilimitadas?
PRECEDENTE DE R$ 45 MILHÕES
O prefeito A. Ferreira já tem histórico de tentar passar dinheiro para a empresa São José, autorizando ‘auxilio’ de R$ 45 milhões em sua gestão, e agora tem postura de causar indignação e não seguir um caminho ideal, pois sendo um serviço essencial, a suspensão do contrato não desobriga a Empresa “São José” num projeto enviado na ante véspera de FERIADO PROLONGADO com a desnecessidade de ser votado “EM REGIME DE URGÊNCIA“, sugerindo que a ‘arapuca’ obriga vereadores ficar atentos.
“DAR TEMPO AO TEMPO”
Essa conduta seria aceitável se estivesse no foco de proteção das margens dos córregos contra as enchentes que logo virão ao longo das principais avenidas, ou um risco de faltar transporte urbano de passageiros estivesse para acontecer. É hora de dar um ‘basta!’ nisso e aí, por questões legítimas e legais, cabe aos vereadores não se deixarem levar nessa onda.
Não custa esperar a volta do expediente, depois desses feriados de final e início de ano para reunir técnicos, avaliar o assunto e só então dar andamento em gastos, despesas e procedimentos de efeitos instintivos e afobados. Cheira mal tanta pressa em questões que impõem prudência e comedimento, ainda mais por serem feitas em ano pré-eleitoral, sem provisão no orçamento de 2024 e aversão à sua reeleição.
VEREADORES: AVALIAÇÃO E CAUTELAS
A população deverá cobrar dos vereadores um posicionamento que contenha a sanha apressada do prefeito, pois eles mesmos vão ser responsabilizados direta ou indiretamente como coautores de dano ao erário, despesa sem planejamento e as cautelas que impõem estudos mais detalhados, aprofundamento na base jurídica e, ao suposto meio de sangrar os cofres públicos em ano eleitoral, quando os recursos para o suprimento das GRATUIDADES, foram retirados de suas emendas impositivas ou do corte de recursos para as necessidades.
Assim como a Imprensa confiável, sem conexões com os gastos publicitários desmedidos do prefeito Alexandre Ferreira, como o jornal VERDADE defende e pratica, com a missão de alertar, acompanhar e impedir mais um desmedido projeto ‘emergencial’, que exige cautela, tempo e análise.#