Pesquisa mostra aumento de até 446% na locação de imóveis no litoral

CRECISP analisou alteração de valores em quatro anos para o feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro

Em 2018, quem pensasse em alugar uma casa ou apartamento para passar o feriado da Proclamação da República – 15 de novembro – pagaria de R$ 100 pela diária de uma quitinete no Litoral Sul até R$ 1.900 por uma casa de 4 dormitórios no Litoral Norte.

Já em 2022, o cenário está bem diferente. O imóvel mais em conta, uma quitinete no Litoral Centro, não sai por menos do que R$ 250/dia. E a locação/dia mais cara chega a R$ 3.550, por um apartamento de 4 dormitórios no Litoral Norte.

As comparações foram feitas pelo CRECISP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), em consulta a 24 imobiliárias das cidades de Caraguatatuba, Ilhabela, Ubatuba, São Sebastião, Bertioga, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

Em quatro anos, o levantamento do CRECISP registrou alta de até 446% no valor da diária de locação de apartamentos de 3 dormitórios, em cidades como Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela. O aluguel que custava R$ 575/dia, hoje sai por R$ 3.140/dia. Também no Litoral Norte, casas e apartamentos de todos os tamanhos apresentaram os maiores aumentos nos valores de locação, com percentuais variando de 13,83% a 446%.

Mais baratos

Em contrapartida, os imóveis de temporada disponíveis nas imobiliárias do Litoral Centro sofreram, em sua maioria, redução nos valores pedidos para as diárias de locação neste feriado de 15 de novembro. Em 2018, quem desejasse locar um apartamento de 3 dormitórios nesse período pagaria R$ 1.000 por dia. Hoje, essa propriedade está sendo alugada por R$ 525, um valor 47,5% inferior. Casas com 2, 3 e 4 dormitórios e apartamentos com 1, 3 e 4 dormitórios também estão mais baratos neste ano que em 2018, nessa região.

No Litoral Sul, onde ficam as cidades de Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe, é possível encontrar casas com locações diárias mais em conta que há 4 anos. As de 1 dormitório, que antes custavam R$ 425, hoje estão 29,41% mais baratas: saem por R$ 300. As de 2 quartos eram locadas por R$ 337 e passaram para R$ 325 (-3,56%).

Já os demais imóveis encontrados nessa região apresentaram diárias mais caras, com percentuais de aumento variando de 7,50% a 76,21%.

“É natural que, após 4 anos, e com uma demanda reprimida pelo período da pandemia, os proprietários dos imóveis de temporada queiram recuperar o capital investido e acabem aumentando as diárias de aluguel. Mesmo assim, para uma família de tamanho médio ou um grupo de amigos ainda compensa alugar uma casa ou apartamento e dividir as despesas. Uma casa de 4 dormitórios, no Litoral Centro, cuja diária está em R$ 990, comporta 16 pessoas, em média, o que daria um valor de R$ 61,87 por dia a cada integrante do grupo”, ponderou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. 

Viana também recomendou aos veranistas que, antes de alugar, procurem imobiliárias ou corretores que atuem nesse segmento, evitando os anúncios de particulares divulgados pela internet. “O risco de chegar ao local e não encontrar o imóvel que se alugou, perdendo tudo o que foi investido, é muito alto. A locação por intermédio desses profissionais é muito mais segura e evita prejuízos às partes.”