O Capitão farmacêutico do Exército, Crisógono de Castro Correa, viveu uma sucessão de crimes, a começar na região de Jeriquara com o sequestro da fazendeira Virginia Peres Fernandes, pretendendo obter poderes mediante procuração para transferir a fazenda da vítima para seu nome. Isso lhe valeu processo na justiça de Ituverava, condenado a 9 anos pelo então Juiz Hely Lopes Meirelles. Inconformado com a sentença, Crisógono apelou ao Tribunal de São Paulo, onde após recursos e audiências a pena foi mantida. O condenado não se conformou , esperava absolvição e para surpresa de todos sacou de uma arma e começou a atirar e a bradar: A Justiça me persegue. Foram 4 disparos contra os Desembargadores. Utilizou uma pistola parabélum, automática de procedência alemã. Por sorte os projéteis acertaram o mobiliário. Crisógono tentou fugir pelos corredores do Palácio da Justiça, mas foi dominado , ao ser revistado encontraram outra arma, um colt com várias balas.
Tudo isso transcorreu no ano de 1.952, o condenado permaneceu na casa de detenção até 1.955, quando foi submetido a novo julgamento desta fez pelos tiros disparados. Ele mesmo fez sua defesa. Argumentou ser exímio atirador no Exército e que os disparos foram apenas para intimidar e não matar. A acusação sustentou que o condenado era uma personalidade psicopata do tipo fanático. O julgamento durou 23 horas. A pena foi elevada para 12 anos de reclusão. E pagamento de 200 cruzeiros pelas custas do processo. Recluso no distrito de Ituverava, em 8 de maio de 1.960, aos 65 anos Crisógono de Castro teve morte súbta e jaz no Cemitério da cidade