A Pfizer e sua parceira alemã BioNTech solicitaram aprovação completa do governo dos EUA para sua vacina contra covid-19 e têm como meta a produção de 4 bilhões de doses da vacina no próximo ano, principalmente para países de renda média e baixa.
A aprovação total da vacina, que foi autorizada em caráter emergencial, pode ajudar a aliviar a hesitação sobre a aplicação do imunizante nos Estados Unidos e em outros países ricos.
A Pfizer também apontou previsões de fabricação mais altas como evidência de sua capacidade e intenção de atender aos países mais pobres que receberam muito pouco de sua vacina até agora.
Em uma carta enviada aos funcionários da Pfizer e postada publicamente, o presidente-executivo Albert Bourla disse que a empresa já tem acordos ou está em negociações com países para fornecer 2,7 bilhões de doses este ano, das quais 40% devem ir para nações de renda média e baixa.
A balança deve inclinar-se a favor dos países menos ricos durante o segundo semestre deste ano, e a Pfizer espera produzir 3 bilhões de doses em 2021.
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a entrega de mais 3,6 milhões de doses de vacina contra a covid-19 ao Plano Nacional de Imunizações (PNI), que é administrado pelo Ministério da Saúde.
Com o novo repasse, a instituição científica supera a marca de 26 milhões de doses produzidas e disponibilizadas para distribuição aos estados e municípios. Somando-se outros quatro milhões de imunizantes importados no início do ano, a Fiocruz já entregou mais de 30 milhões de vacinas ao PNI.
A fundação científica, vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável pela fabricação da Covishield, um dos imunizantes que já possui registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que está sendo usado no controle da pandemia, seguindo os critérios do PNI.
Parceria
A vacina foi desenvolvida através de uma parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica inglesa AstraZeneca. Elas firmaram com a Fiocruz, no ano passado, um acordo para transferência de tecnologia. Os primeiros lotes da vacina que chegaram em janeiro ao país foram importados da Índia.
A fabricação em larga escala no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) teve início em março. No entanto, o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo fundamental na formulação, ainda precisa ser importado.
Na semana passada, a Anvisa deu aval para que a Fiocruz também possa fabricar o IFA. Assim, a expectativa é de que, nos próximos meses, a produção da Covishield esteja 100% nacionalizada.
Fonte: Agência Brasil