Segundo dados da pesquisa Pnad Covid-19, feita pelo IBGE (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já são 7,9 milhões de brasileiros trabalhando remotamente. E na tentativa de ganhar tempo e conciliar home-office, tarefas domésticas e o cuidado com os filhos fora da escola, as pessoas recorrem a refeições rápidas e prontas. Mais tempo em casa faz com que a preocupação com a alimentação também cresça, e fica a dúvida: os alimentos que estão sempre à mão, como snacks e as barrinhas de nuts, se encaixam em uma rotina alimentar saudável?
Segundo a consultora nutricional da Cuida Bem, Bruna Pavão, marca de snacks saudáveis, a notícia boa é que alimentos industrializados e processados podem fazer parte do cotidiano, sim, desde que observados alguns critérios. Por exemplo, é importante optar por produtos que tenham melhor perfil nutricional. “Prefira os que são zero adição de açúcares, sem aditivos e conservantes”, explica a nutricionista.
Cuidado com alimentação, inclusive, é uma preocupação que ganha cada vez mais os lares brasileiros, mesmo durante a pandemia, e tem ainda mais destaque no Dia Mundial da Saúde, comemorado em 07 de abril. A agência de pesquisas Euromonitor Internacional mostra que o mercado de alimentação saudável no Brasil vem crescendo, em média, 4,41% ao ano, resultado que deve se manter em 2021. E para garantir essa tendência, ler o rótulo é tarefa imprescindível na hora de colocar os produtos no carrinho, seja ele on-line, seja físico.
“Existem diferenças no perfil nutricional de alimentos dentro da categoria de processados: alguns apresentam maior quantidade de ingredientes benéficos à saúde, como fibras, vitaminas e minerais, e menor de itens maléficos, como corantes e conservantes”, explica Bruna. Ainda de acordo com a nutricionista, não são todos os produtos, como snacks, que possuem nuts inteiras, o que diminui a funcionalidade do alimento. “É preciso saber escolher.”
Essa análise de rótulo deve se tornar uma tarefa mais dinâmica e receber mais adeptos quando entrar em vigor a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que indica a necessidade de estar na parte frontal das embalagens informações como alto teor de gordura saturada, sódio ou açúcar. A consultora da Cuida Bem esclarece que “a norma foi aprovada em outubro de 2020 e as empresas têm até três anos para se adequar, a contar da data de publicação”.
Além da rotulagem, existem selos que contam mais histórias sobre o produto para o consumidor. Um deles é o Pró-Amendoim. “Para assegurar o consumo seguro, os amendoins da Cuida Bem são certificados com o selo, que regulamenta as etapas de produção para evitar aparecimento de fungos e, consequentemente, a presença de toxinas”, explica Bruna. Ela se refere às aflatoxinas, que se proliferam quando o amendoim é armazenado com umidade e podem causar problemas no fígado de humanos e animais.
O Selo Vegano, também presente em alguns snacks da marca, é outro que confere segurança para quem prefere ou não pode consumir alimentos de origem animal. “Buscamos atender aos diferentes nichos na cadeia de alimentos saudáveis e sustentáveis”, afirma a consultora. Para quem não sabe como identificar esses selos, Bruna orienta: “Alimentos devidamente comprovados em suas categorias trazem essas identificações com clareza na embalagem”.