Mais quatro leitos de UTI para o tratamento da Covid-19 foram abertos no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Franca, totalizando 56 unidades. Até o final desta semana mais seis serão instalados, chegando aos 62 leitos na rede pública de saúde.
Quando anunciou os leitos na semana anterior, o prefeito Alexandre Ferreira afirmou que a abertura desafogaria em partes o sistema público de saúde de Franca, mas não foi o que se viu. Mesmo com a abertura, o boletim da Santa Casa desta segunda-feira (5), trouxe que os 37 leitos que ficam instalados no Hospital do Coração (que pertence ao grupo Santa Casa), estão ocupados, ao mesmo tempo os 19 do AME enfrentam a mesma situação, 100% de ocupação.
Isso se deve ao fato de que pacientes estão aguardando vagas em leitos de UTI, muitos ficam no Pronto Socorro Municipal Doutor Álvaro Azzuz, que é referência no atendimento à covid, portanto o local possuí leitos de estabilização, que pela lei o paciente pode ficar por no máximo 72 horas, mas não é o que está acontecendo em todo o país e em Franca não é diferente. Pacientes esperam dias por vagas, situação que se repete também nas cidades que fazem parte da DRS de Franca, como Igarapava, Ipuã, Ituverava e São Joaquim da Barra.
Em um dos seus pronunciamentos, o chefe do Executivo de Franca chegou a afirmar que a cidade não teria mais espaço para a abertura de mais leitos, além de relatar a dificuldade de encontrar mão de obra para trabalhar nesses locais, já que além dos equipamentos são necessário profissionais qualificados para o trabalho de alta complexidade.
Existem tratativas ainda da Prefeitura com o Hospital da Caridade, coordenado pelo Instituto de Medicina do Além, para a abertura de leitos no local. A situação da cidade deve melhorar após uma ampla cobertura vacinal, pela avaliação do médico da Vigilância Epidemiológica Homero Rosa. Ele destaca ainda que o ritmo da vacinação é lento e abaixo do ideal, principalmente por conta da baixa quantidade de doses oferecidas pelo governo do Estado, que desde janeiro manda lotes sempre menores do que a quantidade de pessoas que devem ser atendidas em cada faixa etária.