Um óbito registrado em Franca nos últimos dias como caso de contaminação do novo coronavírus foi assunto na manhã desta terça-feira (7), na Tribuna da Câmara Municipal dos Vereadores. Verônica Aparecida Almeida participou da 19º Sessão Ordinária e colocou em dúvida a causa da morte do pai, Vilardo de Almeida, de 61 anos, que teria sido por conta da Covid-19.
Ela afirmou que o pai era hipertenso e começou a sofrer de falta de ar no final no mês de junho. Ele foi atendido quatro vezes na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Anita e, em seguida, no Pronto-Socorro “Dr. Álvaro Azzuz”. Verônica disse que estava em contato com os médicos para saber se existia a possibilidade de contaminação do vírus, porém, os profissionais teriam negado.
“Quando meu pai foi internado, voltei para casa com o coração angustiado. Ele estava com falta de ar, mas falando e andando. Meu pai foi morto lá (no Hospital do Coração), ou por excesso de medicação ou por negligência médica. Ele não morreu de covid-19. Não pude me despedir dele, e meu pai foi enterrado como bicho. Quero respostas e a verdade”, disse Verônica.
Ela ainda contestou o setor de Saúde de Franca, já que, se havia o risco da contaminação, a Vigilância Epidemiológica da cidade deveria ter contatado os familiares do paciente para orientá-los, o que não aconteceu. Os vereadores Pastor Otávio Pinheiro (PTB); Marco Garcia (Cidadania) e Corrêa Neves Jr. (PSD), além do presidente da Câmara, Pastor Palamoni (PSD), prestaram sentimentos a Verônica e lamentaram a situação.