O presidente do Coletivo Arco-Íris, Eduardo Valentino, usou a tribuna da Câmara Municipal na manhã de ontem (3), para falar sobre o combate ao preconceito.
Durante a sua fala, ele informou que na madrugada do último domingo, 1º de março, uma mulher transexual foi espancada por três homens que portavam pedaços de pau. A vítima quebrou um braço e necessitou de sete pontos na cabeça. Os agressores também a teriam xingado e ameaçado de morte.
“Esse criminoso tentou matar um de nós. O Brasil é o país que mais mata LGBTQI+. É um problema de política pública”, afirmou Eduardo, pedindo para que assuntos da comunidade LGBTQI+ sejam pautados na Câmara. “Se esse problema não for pautado nesta Casa, onde será pautado? Nossa comunidade irá resistir contra qualquer tipo de preconceito”.
Valentino também criticou a atitude da Polícia Militar ao atender a ocorrência. De acordo com o militante, os policiais disseram que “não poderiam fazer nada” para apurar a agressão quando a vítima e seus amigos não souberam identificar os agressores.
O vereador Corrêa Neves Jr. (PSD) se solidarizou com a causa de Eduardo. “Não podemos tolerar. Errou a Polícia. Todos aqui merecem respeito, não porque pagam imposto, mas porque são gente”, declarou. Ele informou que irá protocolar requerimento às Polícias Militar e Civil para obter mais informações sobre o caso. Outros parlamentares que oferecerem apoio à vítima e a Eduardo foram Nirley de Souza (PP) e Adérmis Marini (PSDB). Já a vereadora Cristina Vitorino (Republicanos), a Procuradora da Mulher da Franca, também se colocou à disposição para qualquer necessidade.