Polícia vai investigar agressão a transexual

Vítima de 19 anos foi agredida com pedaços de madeira, por pelo menos 4 homens no domingo (1)

Reportagem Fernando de Paula

A Polícia Civil vai investigar uma agressão sofrida por uma transexual no último domingo (1), em Franca. De acordo com testemunhas, um grupo usou pedaços de madeira e cercou a vítima, que chegou a ser derrubada. Mesmo caída ela foi agredida por um homem, com quem ela entrou em luta corporal.
Um vídeo que circula nas redes sociais desde o domingo, mostra a confusão. Segundo a polícia, a transexual saiu de uma casa noturna no bairro Estação por volta das seis horas da manhã. Ela contou que ao chegar na praça Sabino Loureiro (conhecida como a praça da Estação), ela se deparou com uma briga de casal e decidiu intervir.
O homem que foi reprendido saiu em um carro e voltou cerca de meia hora depois com mais três amigos, todos armados com pedaços de madeira. A vítima foi cercada pelos agressores enquanto os amigos dela tentavam intervir. Alguns populares conseguiram separar a briga após alguns minutos.
Ainda de acordo com as testemunhas, o agressor muito alterado entrou no carro e afirmou que buscaria uma arma na casa dele para “matar” a transexual, mas não retornou ao local da confusão.
Segundo a família, apesar dos ferimentos sofridos a estudante passa bem. Ela teve ferimentos nos braços, nas pernas e no rosto. Quando a Polícia Militar chegou ao local os agressores não estavam mais lá.
A Polícia Civil registrou o caso como lesão corporal. Os suspeitos ainda não foram encontrados.

Nota
O Coletivo Arco-íris de Franca, emitiu uma nota de repúdio contra a agressão sofrida pela transexual. “Nós do Coletivo Arco-Íris vamos recorrer de toda as maneiras possíveis para que os agressores paguem pelo ato de crueldade ocorrido. Atitudes como essa não passarão jamais. A cada LGBTQI+ morto ou agredido fere a cada um de nós também, nos disponibilizamos a prestar qualquer tipo de ajuda a pessoa que sofreu essa violência, estamos em contato com os envolvidos”, informou.
O presidente da ONG, Eduardo Valentino, afirmou que o ato foi de transfobia e homofobia, já que a vítima foi agredida por conta da sua orientação sexual.