Reportagem Daniel Afonso
Quando a mulher descobre que está grávida, geralmente ocorre vários tipos de sensações para a futura mamãe. Alegria, realização pessoal, ansiedade, preocupação com a saúde do bebê e a insegurança sobre seus direitos no local de trabalho – essas são algumas situações que normalmente acontece.
Para saber como lidar com a última questão, aprofundamos o assunto com a advogada Carla Rezende, que está terminando seu Doutorado (com a defesa do mesmo prevista para dia 10 de março), e acabou de lançar a cartilha Gestantes: Direito, Saúde e Educação. O conteúdo retrata o direito da gestante antes, durante e após o parto.
Para acessar as informações contidas na cartilha, as gestantes interessadas podem adquirir na versão impressa ou através do e-book, além do download do aplicativo Universo Prematuro, lançado em novembro do ano passado pela Universidade de Franca (Unifran).
Conforme a doutoranda, esse é um material didático que ela escolheu como projeto de defesa, e que mesmo tendo iniciado em 2016, antes mesmo na graduação ela já pesquisava sobre a temática.
“O projeto de pesquisa foi iniciado antes porque eu já ministrava aulas em cursos de gestantes. No estágio de docência no curso de Medicina, pude trabalhar com profissionais e estudantes da formação em saúde e produzir esta cartilha voltada inclusive para a comunidade”, destacou.
Durante a entrevista, fomos direto ao ponto: “engravidou, e agora como vai ser sua relação no trabalho?”. Perguntamos ainda qual é a recomendação no início logo ao saber do resultado da gravidez.
Ela explicou: “a mulher que se depara com o resultado de gravidez positivo e que trabalha, deve saber que tem direitos específicos para garantir o período gestacional e o melhor desenvolvimento do bebê, que possui direitos constitucionais e que o Estatuto da Criança e do adolescente também possui direitos e garantias para ela e o seu bebê. Deverá buscar auxílio profissional para melhor orientação a respeito dos temas que possam surgir durante a gravidez”.
Criação da Cartilha
A advogada e doutoranda explicou que a elaboração da cartilha foi baseada em cinco domínios: trabalho, vida, família, educação e saúde.
“Elaborada com o foco e em consonância com o artigo 6º da Constituição Federal de 1988 que trata dos ‘Direitos Sociais’. Todo o estudo foi feito na Unifran, no curso de doutorado em Promoção da Saúde, Laboratório de Estratégias em Promoção de Saúde (LEP´S) e disponibilizada no aplicativo Universo Prematuro”, disse.
Esse material foi todo estruturado em uma vertente materno-infantil. “Desenvolvemos uma temática aqui no laboratório e agregamos essa experiência da doutoranda em nosso aplicativo como auxílio para a comunidade”, explicou a docente e pesquisadora Marisa Afonso de Andrade Brunherotti.
Vamos acessar o conteúdo? Baixe o App Universo Prematuro, entre no link “aberto ao público” e acesse a quarta aba. Até o momento, já são 350 visualizações. “A gestante pode se apropriar de informações educativas sobre direito, saúde e educação. Esse é o intuito do conteúdo”, finalizou.
Bom, o Momento Verdade de hoje foi apenas para valorizar o conteúdo da futura doutora. Porém, para as mães, a importância do direito é mais que essencial.