Reportagem Daniel Afonso
Cão terapia: projeto social bom para cachorro! Talvez muita gente ainda não tenha percebido a importância do convívio com um animal de estimação. Observem como as pessoas são mais felizes, humoradas e menos solitárias quando estão interagindo com um cachorro por exemplo. Essa é nossa pauta de hoje no Momento Verdade.
Segundo Adoniran Thomaz, mais conhecido por “Dino Adestrador”, o método cão terapia é inovador e garante vários benefícios, tanto físicos quanto psicológicos na vida do ser humano. “Só o fato de se acariciar um cão, o organismo já libera substâncias que aliviam dores e estresse. Além disso, aumenta a autoestima, reduz o estresse e melhora o desempenho na atividade física e cognitiva”, destacou.
Essa experiência comportamental com cães e pessoas é um trabalho que Dino realiza há 20 anos em Franca. Ele visita escolas, creches, hospitais, atende individualmente algumas crianças, sempre com o propósito de auxiliar aquelas que necessitam de uma terapia mais lúdica e divertida. “Trata-se de um método em que utilizo cães treinados e socializados como coterapeutas em sessões de terapias de pacientes em várias situações”, explicou.
Esse atendimento é acompanhado por uma equipe multidisciplinar, onde o cão atua como um instrumento para aliviar o tratamento de pacientes, tornando esse processo menos sofrido.
Em outro entendimento, existe por trás de um cão terapeuta, uma equipe. Primeiramente, o treinador trabalha com o comportamento social do cão, e depois o veterinário verifica a saúde dele, mantendo livre de parasitas, tártaros, fungos, bactérias, vacinas em dia, exames periódicos de sangue, etc.
Além dessa equipe, ele explica que o cão passa pelo profissional de banho e tosa antes de qualquer intervenção e ainda o terapeuta, no caso, recomendado por psicólogo, fisioterapeuta ou médico, que vai trabalhar a necessidade do paciente de acordo com sua abordagem.
Mais sobre o atendimento
Dino contou que além de trabalhar com cães, também se aperfeiçoou com esse método com outros animais. Neste caso, quando não são cães, o procedimento chama Zooterapia. O profissional é formado no curso de um ano em Zooterapia, da Universidade de São Paulo (USP). Com esse aprendizado, ele trabalha a terapia com tartarugas, coelhos, calopsitas, gatos – todos socializados e preparados.
Parceria do projeto
Esse trabalho social é realizado em parceria com os docentes do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Franca (Unifran). O nome do trabalho é “Projeto Pelos Outros”.
“Foi um avanço muito bom, pois temos o suporte clínico em que os cães passam por uma avaliação física para estarem aptos a visitações em instituições, como hospitais, creches, lares de idosos e até consultórios, enfim para terem contato com todo tipo de paciente”, afirmou.
Graças a essa parceria, o adestrador conta que esse projeto ganhou uma “injeção de mais qualidade”, com os esforços de toda a equipe médica da universidade: Daniel, Lucas, Fernanda e Cristiane.
Outro detalhe que ele não esqueceu, é da qualidade de vida que os cães terapeutas devem ter. “Apesar de se divertirem durante o atendimento, outras atividades devem ser fornecidas a esses cães, além de uma alimentação balanceada”, finalizou.
Uma certeza temos, embora muitos pesquisadores ainda aprofundam sobre esse tratamento, é notável que cães proporcionam um efeito positivo na saúde do ser humano, principalmente com o lado emocional das pessoas. Fato!