O Presidente Jair Bolsonaro recebeu pares de sapatos de Franca, levados pelo presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto. A iniciativa foi vista como uma ação que lembra às autoridades a tradição centenária dos Calçados de Franca. Secretários do Presidente e membros da comitiva de assessoramento também receberam sapatos fabricados pelas indústrias francanas.
Ao retornar da capital, o presidente do Sindifranca afirmou que todo esforço deve ser feito em prol da indústria de calçados, que gera milhões de empregos e precisa de reconhecimento pelas Autoridades do País. Brigagão pediu que a redução do ICMS autorizada pelo Governo de São Paulo seja estendida a todos Estados brasileiros.
E justificou suas ações em defesa do setor: “É preciso eliminar a insegurança jurídica que predomina no País há mais de 20 anos. O mundo produz anualmente algo em torno de 21,6 bilhões de pares de calçados. A China lidera a produção com 14 bilhões de pares, o Brasil produz apenas 950 milhões. Enquanto países concorrentes utilizam sintéticos, o Brasil tem o melhor couro para fabricar calçados e hoje a qualidade dos produtos de Franca nada perdem para Itália e Espanha, tradicionais países produtores. “
José Carlos Brigagão do Couto explicou sua tese. “A indústria do Brasil não pode ser destruída e enfrenta concorrência pesada da China, Indonésia, Vietnã, enquanto temos a melhor matéria prima, que é o couro de qualidade. O Brasil perde muito por falta de políticas públicas e é isso que estamos alertando frequentemente às nossas autoridades. É preciso eliminar a burocracia” – justificou.
Brigagão acrescentou que o Sindicato das Indústrias de Franca atualmente encontra-se 100 por cento profissionalizado. “Nossa indústria é capacitada. Mas precisamos vencer barreiras. O Presidente Bolsonaro nos ouviu, foi receptivo, assim como seus Assessores diretos que com ele estavam, tivemos a assistência do Dr. Paulo Skaf, presidente da Fiesp, todos elogiaram Franca. Nossa intenção é conseguir um planejamento a longo prazo para que o setor ganhe estabilidade definitiva e consiga cobrar as exportações e o número de empregos. Iremos brevemente a Brasilia dar prosseguimento aos contatos. , com apoio da Abicalçados, vamos até o ministro Paulo Guedes. O nosso setor gera empregos e o Governo sabe o valor disso. Vamos prosseguir com estas ações” – finalizou.