O ex-prefeito de Igarapava Carlos Augusto Freitas foi preso na quinta-feira (2/10) após o trânsito em julgado de sentença que o condenou por usurpação de função pública, fraude em licitações e organização criminosa. Um dos alvos da Operação Pândega, deflagrada em 2018 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Freitas foi condenado a 8 anos e 11 meses de reclusão, com início de cumprimento no regime fechado, e mais 18 anos e 4 meses de detenção, a serem cumpridos inicialmente no semiaberto.
Segundo as investigações, o ex-chefe do Poder Executivo municipal e outras sete pessoas se organizaram de forma estruturada para a prática de diversos ilícitos. Entre os condenados está um irmão de Freitas, que chegou a se passar pelo então prefeito para exercer funções que não lhe competiam e obter vantagens pessoais e econômicas. Ainda de acordo com o apurado, certames licitatórios eram manipulados por meio de ajustes prévios e expedientes fraudulentos, de modo a frustrar a competição e direcionar os contratos a empresas ligadas ao grupo. Além disso, houve prorrogação irregular de contratos, dispensa de licitações fora das hipóteses legais e pagamento de faturas em desacordo com a ordem cronológica, tudo para beneficiar indevidamente os envolvidos. Ficou demonstrado também o uso de certidões falsas com o objetivo de viabilizar a contratação de empresas junto ao Poder Público. Os fatos ocorreram entre 2013 e 2016.
A primeira fase da Operação Pândega foi deflagrada no dia 10 de julho de 2018, com seis prisões temporárias e o cumprimento de 32 mandados de busca e apreensão. Diligências apontaram que vereadores de Igarapava passaram a receber, desde 2013, uma espécie de mensalinho para formar maioria da Câmara Municipal e, assim, conferir apoio político ao então prefeito.
As informações foram divulgadas pelo portal do Ministério Público de São Paulo. O Jornal Verdade se coloca à disposição para atualização da matéria caso a defesa de Carlos Augusto Freitas desejar se manifestar.