Por Pedro Maia
Editor-chefe
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) prorrogou a suspensão do atleta Lucas Mariano, do Sesi Franca Basquete, por mais dois anos, devendo manter-se afastado das quadras até 2027. A entidade defende que Lucas violou o período de suspensão determinado.
Mariano foi pego no exame anti-dopping há dois anos. Segundo o documento, foi constado em seu sangue as substâncias N, N-didemetil-sibutramina; N-demetil- sibutamina, Furosemida; Hidroclorotiazida, consideradas como proibidas aos atletas. A sanção, iniciada em 22 de agosto de 2023 chegaria ao fim em 28 de junho deste ano. Entretanto, a organização avaliou que Lucas ‘furou’ o cumprimento da pena quando participou da BIG3, liga de basquete dos Estados Unidos. O jogador afirmou que esta não era uma liga profissional, o que foi contestado pela ABCD.
Agora, Lucas Mariano permanece na lista de atletas suspensos com mais dois anos sem poder participar de quaisquer jogos que venham a ser considerados como profissionais pela Justiça.
Aspas do atleta
Em um comentário nas redes sociais, o pivô do Sesi Franca classificou a decisão como “inacreditável” e que sente haver uma “perseguição” por parte das autoridades: “É realmente inacreditável… essa é a nossa justiça, a justiça brasileira! Fui punido com 2 anos de suspensão por contaminação cruzada. Consegui comprovar a contaminação, apresentando tanto um frasco lacrado quanto um frasco aberto. Lutei para diminuir a pena, mas não havia mais o que fazer”. Ele completou: “Durante esses 2 anos, fui testado várias vezes na minha casa e estive à disposição da ABCD o tempo todo, e nunca encontraram nada”.
Lucas ainda justificou sua participação no jogo que levou a Justiça a ampliar a pena recebida: “Tive a oportunidade de participar de um evento demonstrativo de 3×3 que não segue as regras da FIBA, não conta com jogadores profissionais ativo e não tem supervisão da WADA, USADA ou da ABCD. Pesquisei e, mesmo assim, eles insistem em dizer que é uma liga profissional. É lamentável! Sinto que há uma perseguição”.