De professor de Letras e Literatura à empresário. Fransérgio Garcia é um empreendedor francano que atua em várias frentes da economia. Hoje, é dono da Neobor, que fabrica solados de borracha. O que poucos sabem, é que Fransérgio começou como colaborador da empresa, e nós contamos esta história a seguir.
No ano de 1998, Neobor, como também é conhecido Fransérgio, iniciou na fábrica como funcionário de produção. Após isso, trabalhou no planejamento da empresa, se tornando, mais tarde, representante. Em 2010, assumiu como diretor e dono, trabalhando em sociedade com Luiz Fernando, que é seu sócio até hoje. “Então a empresa que hoje eu sou proprietário, a Neobor, fui funcionário dela. E aí, ao longo desses anos, consegui ser dono da empresa que entrei e que trabalhei lá. Sou formado como professor de Letras e Literatura, com mestrado em estudos linguísticos e literários. Sou pai de três filhos. E assim começou a minha carreira empresarial”, afirmou Garcia, que justificar ter deixado de lecionar em razão da administração das empresas que foi abrindo ao longo dos anos.
O empreendedor também é franqueado das Lojas Melissa, sendo responsável por quatro delas. Depois, abriu a NBR junto com o seu sócio, que é uma empresa de reciclados de pneu. “Depois da NBR, eu plantei, entrei pro agronegócio e plantei bananas. Depois montei padaria em Delfinópolis-MG, restaurante e pizzaria em Franca. Tenho quadras de beach tennis em Franca. Hoje eu atuo em todos os ramos da economia”, declarou.
Solidariedade
Quem vê seu domínio em tantas frentes de negócio, não consegue imaginar a humanidade que traz no coração. “Sempre me sensibilizei muito com a dor do outro. Sempre me preocupei. Isso é uma herança dos meus pais, que eles me ensinaram isso: a não olhar só para nós, olhar para o próximo. Então eu sempre ajudei, ajudo até hoje. Sempre fiz campanhas, doações… Eu me envolvo muito com essa questão humanitária”, infere.
Garcia realizava vendas de bananas em dois tipos, classificadas como “de primeira” e “de segunda”. Respectivamente, uma é aquela que tem a formação mais firme, de penca inteira, na qualidade das que podem ser comercializadas com os supermercados e afins; a outra, era vendida por valor mais baixo para as empresas de doces, já que se despendiam da penca mais facilmente. Foi então que uniu o útil ao agradável…
…Dentre as doações que fazia, conheceu o Sr. Nunes, que foi por 12 anos presidente do Centro Comunitário do Recanto Elimar I, II e III. Como o filho dele trabalha com Fransérgio há mais de 20 anos, que ele o admira por ser alguém muito assistencialista, surgiu essa parceria. “Toda semana mando 400 quilos de banana do meu bananal para ele doar para as famílias pobres, para as famílias que não tem condição. A gente já faz isso há algum tempo e estou sensibilizando outros produtores a fazerem a mesma coisa”. De acordo com Neobor, com ele, hoje já são três produtores que fazem esse trabalho. “Então eu mando, só dos meus bananais, média de 400 a 600 quilos de banana por semana para o Sr. Nunes fazer essa distribuição. Já há bastante tempo que a gente vem nessa caminhada, e a gente vai seguir por quando Deus permitir. A ideia é ajudar muitas pessoas, assim eu vou estar contribuindo com muita gente que chega a passar até fome”, afirma.
Experiência no ramo
Segundo Fransérgio Garcia, o tempo foi o responsável pela experiência adquirada. Ele é filho e neto de professoras, abdicando de estudar alguma área pertinente às exatas e decidindo pela formação na área de humanas. “Mas eu aprendi muito, fiz muitos treinamentos, muitos cursos, e ao longo da minha experiência mesmo eu fui adquirindo essa bagagem de experiência de gestão. Então hoje eu sou um gestor nato, porque eu sou gestor de várias empresas e vários segmentos. E essa gestão também, eu tenho na veia o empreendedorismo”, completa.
Princípios e valores
“Em relação aos princípios que me nortearam ao longo da vida, eu sou uma pessoa muito desapegada às coisas materiais, eu gosto de desafios, mas eu nunca fui uma pessoa muito ligada a dinheiro, na essência do dinheiro, não. Sempre ligado a questões humanas! Tanto que a maioria dos empresários que trabalham comigo não me deixam, eles trabalham comigo. Já assinei várias carteiras de aposentadoria lá na empresa em função disso”, elucida Garcia. “Esse é um valor que eu herdei dos meus pais e que eu vou levar para a minha vida”, finaliza.