De acordo com dados da Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), o número de funcionários que em 2022 registrava 13.988 empregos diretos, caiu para 11.681, ou seja, houve uma queda de 2.307 funcionários entre esses dois anos. Este número também é responsável por puxar o saldo de 94,9% a menos de vínculos empregatícios totais na cidade, quando a criação de novos empregos foi de 5.278 em 2022 e, em 2023, de apenas 265, segundo o apurado pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A gravidade que vem sendo enfrentada a duras penas pelo setor é pior ainda quando se calcula a evolução em 10 anos. Em dezembro de 2013, época do ápice da atividade industrial calçadista, a categoria fechou o ano com 23.419 funcionários, sendo 28.496 funcionários na média anual, o que representa um caimento de 49% em relação aos de dezembro de 2023.
Exportações:
Em dezembro de 2022, as exportações de Franca movimentaram US$ 6.079.884,00 (seis bilhões, setenta e nove milhões, oitocentos e oitenta e quatro mil dólares), reduzindo para US$ 3.851.209,00 (três bilhões, oitocentos e cinquenta e um milhões, duzentos e nove dólares) no mesmo período em 2023, uma queda de 36,7%. No acumulado do ano de 2022, o município exportou US$ 89.740.985,00 (oitenta e nove bilhões, setecentos e quarenta milhões, novecentos e oitenta e cinco mil dólares), caindo cerca de 24,2% no ano passado, quando o valor ficou em US$ 67.996.361,00 (sessenta e sete bilhões, novecentos e noventa e seis milhões, trezentos e sessenta e um mil dólares).
Nota do Sindifranca
O presidente da Sindifranca José Carlos Brigagão do Couto, através de sua assessoria de comunicação, afirmou que a falta de políticas públicas consolidam este cenário desfavorável à indústria do calçado e que timidamente, os negócios e pedidos de reposição de estoque comecem a acontecer nas próximas semanas, mas que ainda é algo incerto:
“Considerando a crise internacional, o desaquecimento da economia interna, a falta de políticas públicas efetivas de longo prazo, a inércia do Governo do Estado em relação às demandas do setor calçadista em relação à isonomia tributária, altamente necessária para combate à guerra fiscal entre os estados e ao Governo Federal, em relação as políticas adotadas com consequências negativas diretas às exportações, destaque para a reoneração da folha e a isenção de tributos para as plataformas de importação de calçados até U$ 50. Considerando tudo isto, é difícil prever o que vai acontecer. A expectativa é que timidamente os negócios e pedidos de reposição de estoque comecem a acontecer nas próximas semanas, mas ainda é incerto, o consumidor pôs o pé no freio do consumo, priorizando o essencial no orçamento doméstico. Se a economia interna do país não se recuperar, não começar a circular, teremos ainda mais problemas no segundo semestre”, disse.